quinta-feira, 26 de março de 2015

VIAGEM PELA TOSCANA: VATICANO - PARTE 1

O segundo dia em Roma foi o único que a programação já estava parcialmente acertada. Ainda em Fortaleza, compramos (pela internet) nossos ingressos para o Museu do Vaticano. De lá, a ideia era caminhar para a Praça de São Pedro e a basílica de mesmo nome. Eu disse era, mas depois explico.


                                         MUSEU DO VATICANO  


O dia estava chuvoso e as filas não estavam tão grandes como imaginávamos quando chegamos ao Museu do Vaticano. Dizem que em dias ensolarados elas ficam enooooorrrrrmes! Por isso, vale muito a pena comprar com antecedência, como fizemos. Isso facilita e muito. ATENÇÃO! É IMPRESCINDÍVEL SER PONTUAL!! Chegar antes do horário estabelecido no ingresso é a garantia de entrada sem problemas.




     Não, essa não era a fila da entrada (quem dera fosse!). Era apenas um dos incontáveis grupos de excursão se organizando para enfrentar a fila específica para eles.


Impossível descrever a sensação que se tem à medida que se adentra o Museu do Vaticano. Como não ficar estupefato(a) ante o acervo artístico e religioso de lá? Além disso, apreciar uma infinidade de salas ricamente adornadas de importantes e valiosas obras exige vigor físico e amor à arte, concorda?


Ao entrarmos,  fomos direto ao Pátio da Pinha, nome que se refere à pinha de bronze (enorme, diga-se de passagem), em um dos prédios dos museus. Sim, no plural porque são seis museus lá dentro. Tá bom pra você?


Engana-se quem acha que a tal pinha é a peça que mais chama a atenção de quem por ali passa. Na na ni na não! Há no centro, uma esfera dourada chamada Sfera con Sfera. Não entendi o porquê dela ali. Dizem que Arnaldo Pomodoro, o artista italiano da obra quis representar o cristianismo. Não vi relação alguma, mas vai saber...
                                                           
                                                               PÁTIO DA PINHA
                                                             
                                     Cortile della Pigna, o nome italiano do Pátio da Pinha.



                                                      Ao fundo, a pinha que dá nome ao pátio.



                                    A pinha em melhor ângulo. Eu não disse que era imensa?

                                                     Sfera con Sfera, a escultura dourada


Durante o passeio, admiramos inúmeras salas e recantos. O Museu Gregoriano Egípcio, por exemplo, é um prato cheio para quem gosta das relíquias provenientes do Antigo Egito. Uma múmia de verdade é um dos pontos que mais atrai a atenção dos visitantes.

                                                      MUSEU GREGORIANO EGÍPCIO


    Múmia de uma mulher morta há mais de 3.000 anos. Exposta ao nosso voyerismo, a desconhecida     me encheu de respeito. Demorei um tempo imaginando quem era e que vida tinha levado.



Dizem que a maioria das peças egípcias foram saqueadas do lugar de origem e levadas para Roma.


Há tanta coisa para se ver nos Museus do Vaticano e a gente anda tanto por corredores e alamedas que depois de um tempo (e olha que a gente gosta de arte e história) sabendo que não conseguiríamos ver tudo de uma só vez, saímos à procura da Capela Sistina.



Este é o corredor conhecido como Sala dos Mapas que nos leva à Capela Sistina. De uma beleza inenarrável. Uma profusão de pinturas harmoniosas e detalhistas no teto que faz a gente ficar esticando o pescoço o tempo inteiro. Nas paredes, imensos mapas antigos que justificam o nome do salão. Confesso que foi um dos lugares que mais gostei.



A CAPELA SISTINA


A Capela Sistina é um dos lugares mais visitados do Vaticano. Lá é realizado o conclave que elege os
novos Papas. Encontramos o local tão lotado que foi impossível admirar e observar com calma a riqueza da pintura dos maiores nomes da Renascença, como Michelangelo, Rafael, Botticelli e Bernini. Isso nos deixou frustrados e com a sensação de que havíamos visto salas mais bonitas.

 
Foto reprodução da Capela Sistina, pois o seu interior não pode ser fotografado e nós somos obedientes.


O TETO DA CAPELA SISTINA

Foto: Reprodução

A pintura do teto da Capela por Michelangelo foi uma encomenda do Papa Júlio II, com quem o artista não se dava bem. Ainda assim, 680 metros quadrados foram pintados em quatro anos sem a ajuda direta de assistentes. Para realizar a obra, Michelangelo (que além de pintor era escultor, poeta e arquiteto) ficava praticamente deitado e pingos de tinta muitas vezes caíam em seus olhos.


OUTRAS BELEZURAS QUE ENCONTRAMOS PELOS MUSEUS DO VATICANO.





 Em vários momentos encontramos restauradores trabalhando. Como esse ofício me fascina, eu  sempre  parava para admirar.




                                                                  A vista da janela.




                                                        Um dos muitos pisos trabalhados.


                                                          Sarcófago de Santa Helena


                                    A linda escadaria que nos conduz à saída. Daí direto para...


                              
                  A PRAÇA E A BASÍLICA DE SÃO PEDRO



                       Depois dessa arcada já é possível ver as pilastras da Praça de São Pedro.


A chuva e o vento haviam dado lugar a um dia claro de sol gostoso quando chegamos à Praça de São Pedro. A imensidão, a imponência arquitetônica do estilo clássico e a força do lugar impressionam até os menos religiosos. Imagina então, quem tem uma inabalável fé católica como eu. Logo a gente lembra das quartas-feiras, quando o papa dá a sua bênção aos fiéis e as festividades que lá se realizam. Foi lá também que o hoje Santo João Paulo II sofreu em 1981 o atentado que quase o matou.


                                                                    Foto: Reprodução


Depois de admirar a colunata, as esculturas, o exterior da basílica, um problema a resolver: Enfrentar ou não a imensa fila que havia se formado para entrar no santuário. Como em todos os dias do ano, ela só cresce à medida que o tempo passa.



   À frente da colunata é possível ver o início da fila que dá acesso à Basílica de São Pedro. 


Como já era tarde e a fila já contornava toda a praça, decidimos acordar mais cedo no dia seguinte e voltar para mais uma tentativa. Devo confessar que ficou uma frustraçãozinha por não ter dado certo. Mas, como dizia Scarlett O'Hara em ... E O Vento Levou: AMANHÃ SERÁ UM OUTRO DIA.


                                                                         BEIJOS!!!!
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